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2004-10-28

Rocco Buttiglione 

Ele diz que a homossexualidade é uma doença. Que as mulheres existem para estar em casa a tratar dos filhos. Que as mães solteiras não são boas mães. É de direita. É amigo do Papa menos humano dos últimos tempos. E o nosso ex-primeiro ministro quer tê-lo na sua equipa de trabalho.
O Parlamento Europeu, que algumas vezes nos dá mostras de alguma lucidez, não quer ouvir falar disso.
Eu acho que tudo isto é uma anedota, uma manobra para nos distrair das pressões políticas exercidas sobre Marcelo Rebelo de Sousa que, oportunamente, se faz de vítima do sistema, falando em prestações, controlando o suspense, como se de um realizador de thrillers se tratasse. Eu acho que, por mais que Durão Barroso se posicione à direita, não escolheria um Le Pen seminarista para seu companheiro de trabalhos. E daí, talvez me engane. Talvez tudo isto seja verdade e precisemos mesmo de acordar e reagir, em vez de respondermos às imposições injustas e ultrajantes que “já estamos habituados”.
Durão Barroso é o homem que nos deixou entregues ao (des)governo incompetente e indeciso de Santana Lopes. Mudaram só as moscas, é certo. Mas o seu patriotismo, esse que se espera de quem é chefe do governo de um país, mostrou-se assente em pés de barro. Ou em pés de sede de poder e de protagonismo.
Este Sr. Rocco é hediondo. Homem a abater, politicamente falando. E nós que temos o representante máximo da Igreja e o próximo presidente da Comissão Europeia lendo pela mesma cartilha, continuamos a perder tempo com celebridades que não o são nem serão nunca, com lotarias milionárias, com livros da Margarida Rebelo Pinto e do Nicholas Sparks, enquanto nos cozinham o futuro em lume brando.
Eu cá voto é nesse grupo que anda por aí a querer acusar o Papa de atentado à saúde pública por continuar a desencorajar o uso do preservativo.




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